domingo, 26 de julho de 2009

Faroeste mestiço

Na guerra do dia-a-dia,
O povo na correria...
Faroeste mestiço...
Onde mocinho e bandido,
De papéis indefinidos,
Ditam vida e morte no morro.
Na capa dos jornais, sangra o povo.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Revolta

Com cego rancor,
Explodia sua dor.
Manifestando-se com fervor,
Berrava um velho senhor.

Sua vida refletida em vão,
No cinza que banhava o chão,
Como a fábrica que o despejou.
Na miséria, saco de ossos virou...

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Insônia

Noites de incessante tormento...
Apenas o silêncio, noite adentro...
Ociosas horas em que a alma clama
Por um pouco de contentamento.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Tímida Infância

Quando nasci, um anjo veio...
...E disse, num cochicho: “Que feio!”
De infância angelical,
Nunca fui um cara “legal”...

Com o tempo cresci,
Pé de manga, nunca subi...
Dos mais mansos cães, corri
E então me pergunto: vivi?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Ao mestre Edgar Allan Poe...

De palavras sensíveis e imortais,
A lembrança de um mestre se faz.
Edgar, com sua melancolia, escrevia,
Transformando sua triste vida em poesia.

Sua obra, universal,
Descrevia o ser humano e seu mal.
Sua vida, conturbada,
Deu origem a uma obra iluminada.

Em seus tortuosos dias,
Com um corvo conversava,
Com a alma exposta na escrita,
A solidão, assim, aliviava!