quinta-feira, 14 de julho de 2011

Desencontro (trova)

Das emoções em comum,
Trocaram raras palavras,
Sem deixar sentir algum...
Por fim, só restou estrada!

Forasteiro

Fora logo recebido com estranhamento,
Mas trocou migalhas por conhecimento.
Ficou íntimo depois de certo tempo,
Da plebe viraria um novo membro,
Até que na alma bateu-lhe um desalento...

Foi buscar, então, o que sempre procurou.
Nunca mais foi visto e nada ali restou...
Esperança cavalgando sem nação,
Virou lenda perdida no sertão...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Urbanos

Na rua, a massa é exposta
Por um povo que ainda crê
Que um dia haverá resposta
Para tudo o que aqui se vê

Transitam tipos distintos
Por caminhos em comum.
São vidas que se suportam
Na cruel lei da sobrevivência!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Lar de papel (trova)

Em dias de morto céu,
Há vida a compensar!
Adentro-me no papel,
Abrigando meu pensar!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Semáforo, palco da desilusão...

Era um menino qualquer entretendo,
Com o desespero da fome e do medo,
Seu público invisível por trás de vidros fóbicos.
De janela a janela, portas sempre fechadas...
Uma barreira fixa a distância entre ambos os lados,
A cada peça de tom escuro e imóvel,
Tentando ser rompida pela comoção
Numa falha tentativa de humanizar-se...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novos ares

Para que as lágrimas sequem diante da desilusão,
Preciso jogar-me a um vento sem volta... Voar talvez!
Hei de sentir uma brisa que traga ares de esperança,
Deixando-me levar por um turbilhão de amor qualquer...