segunda-feira, 14 de março de 2011

Flor de espinhos

Seria esta infeliz realidade
Castigo que os céus vêm despejar,
Entre as lágrimas de saudade
Que por ti hei de transbordar?

De mágoas, basta este sentir!
Pelos mais tortuosos caminhos,
Descrente, porém, hei de seguir...
Não peço que voltes, apenas tenha dó de teus espinhos...

...Pois estes são a impura chaga
   Que me machuca a alma,
   Marcas que sangram desilusão
   Num jardim rubro e quase deserto
   Que sempre habitarás! Ó, indesejada musa!
   És paraíso perdido que esconde o inferno!

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